quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vamos começar a brincadeira!

Começar sempre é mais difícil, por isso venho pensando há meses neste blog, no layout, pagar ou fazer um simples até me acostumar com a idéia, porque uma coisa é ler e outra é ter um. Pensei muito nesta primeira postagem, oque escrever, voltar ou não no tempo, enfim. Ontem com ajuda da minha querida amiga Roberta Contri (a opinião dela foi fundamental) pra eu tomar coragem e vir aqui escrever da Minha Doce Bailarina...


Quando engravidei estava no último ano da faculdade, foi um choque, na verdade nem passava pela minha cabeça em ter um filho, fazia serviço voluntário em um Abrigo de Menores e isso supria e muito meu relógio biológico. Fiquei grávida logo no começo do ano, foi um período complicado, senti medo, aliás, muito medo. eu ia ser Mãe, estava ali, pronta, o milagre da vida acontecia dentro de mim...
Passado o susto daquele 11/02/08, estava grávida de apenas 3 semanas, lá fui eu procurar um bom obstetra, alguém que me desse uma boa orientação, que me esclarece dúvidas, afinal eram tantas...
Sempre desejei um parto normal e de preferência sem anestesia, primeiro choque ao ter contato com o médico, foi ele disparar de cara que eu tinha que fazer uma cesariana, porque era muito melhor, que meu parto ia ter data pra acontecer, que ele faria do meu parto um evento! Fotos, albúm e etc... pela bagatela de R$ 3 mil! Ele ainda fez uma conta de quanto deveria poupar até o final da gestação.... eu fiquei em pânico, primeiro porque eu não queria cesária, depois porque eu ia ter que pagar, era tudo novo, inclusive meu casamento... a gente não ia casar tão rápido!
Na primeira US estava de 9 semanas e a pequena era muito pequena, tinha 2cm e o coração batia muito rápido, era o som mais lindo da década! Aquela força, aquela vontade de viver....
Engordava de um mês para o outro 4 kg, o médico surtava a cada consulta, ele dizia que eu ia "embarangar".... que engordando muito eu criava riscos pra mim e pro bebê. Eu fiz dieta... mas amava um paozinho francês, comia de 2,3 num simples café da tarde!
A cada US era uma ansiedade, queria saber logo o sexo do bebê, começar a fazer o enxoval, pensar no quartinho... era uma loucura porque eu nao conseguia, ela sempre estava com as perninhas fechadas.... comportadinha desde da barriga da mamãe rs.
Descobrimos o sexo da Ana Laura, com 29 semanas, em uma US 3D que fizemos na EcoCenter com o glorioso Dr. Rodrigo Lamarca (que médico, que atenção!), foi lindo, mãe, sogra e marido na sala, na primeira passada ele diz: "É uma menina, né?" e nós todos gritamos, não tinha dado tempo de dizer que não sabíamos o sexo ainda. Frustrante foi depois, meu DVD só gravou 35 segundos.... e mesmo ligando na clínica no mesmo dia não foi possível regravar. Peninha!
O nome já estava definido há tempos, se fosse menina eu escolheria e se fosse menino o marido, pois bem, Ana Laura era um nome do meu coração desde os 13 anos ( aquela coisa de menina que fica sonhando com o nome dos filhos).
No dia seguinte, já tava sonhando com o quarto, as cores, o kit do berço e essas coisas todas, corria contra o tempo....
E nesse meio tempo, extremamente frustrada com o Obstetra e minhas dúvidas quem esclarecia era a internet... Descobri ai os grupos de mães no Orkut, os sites especializados em bebê, a revista Crescer... era esses veículos que me diziam como o desenvolvimento do bebê acontecia, as mudanças no meu corpo.
Com 35 semanas descobri uma infecção de urina, quase perdi meus rins, e nem desconfiava até começar sentir contrações.... achava que era normal fazer xixi toda hora e não doía nada o meu maravilhoso médico, não tinha pedido exame nenhum no segundo trimestre, ele só estava preocupado na cesárea, no show e blá blá blá...
O anjo que encontrei no Hospital Vera Cruz naquela sexta-feira de chuva 19/09/08, me salvou! Enquanto esperava os resultados dos exames, conversei com ela, falei das minhas angústias e ela prontamente me estendeu a mão, não é comum uma médica assumir um pré-natal no final da gravidez.... mas Deus me enviou a Dra. Regina.
Na segunda-feira marquei com a secretaria dela um encaixe, ela ja sabia da minha existência e lá foi eu, com meu marido, em uma única consulta ela esclareceu os 7 meses de gravidez, foi maravilhoso, saí de lá chorando de alegria, aliviada, feliz, enfim me sentia segura e mais ela tinha dito que eu poderia SIM fazer parto normal....
Tinha um mês, fiz exames, mais US, perfil Biofísico e tudo estava em ordem, tava até ai com 28 kg a mais. No último mês cheguei a 32, com dieta, engordava como se fosse mágica, eu fiquei enorme, ja nao cabia na cadeira da faculdade, ja não conseguia subir escadas e foi aí que ela resolveu me afastar.
Dediquei aos detalhes o último mês da gestação... bati muita perna, levei muita bronca, porque eu adorava um salto alto (é perigoso pra gravidas).
Na última semana fui ao médico na segunda devendo voltar na quinta. Quando cheguei, ela me disse que a bebê esta encaixada, colo fino, eu precisava voltar na quinta pra descolar minha placenta, pois ja estava de 40 semanas.
Quando cheguei na quinta-feira ela me informou que a neném tinha desencaixado, e minha pressão tava um pouco alta, ela junto comigo decidiu então me mandar para o hospital e fazer a cesárea, nessa hora gelei, fiquei triste mas tinha que fazer oque fosse melhor pra nós duas.
Marido e eu fomos buscar minha irmã pra ela me ficar comigo enquanto ele ia em casa buscar as malas. Uma correria só.... fiz a internação e subi pro quarto acompanhada dos dois, tomei um banho, passei rímel, blush, gloss... e fui linda e com medo para o centro cirurgico!
Eram 20:40 do dia 16/10/2008 quando minha vida tomou outro sentido....

Depois eu conto o resto, já ta cansativo! rsrs

Bjs

Grazi